domingo, 15 de maio de 2011

PENTAGRAMA DE Eliphas Levi


Eliphas Levi


Alphonse Louis Constant (1810-1875) foi um grande Iniciado da Alta Magia. Mais conhecido como Eliphas Levi, chegou a ser o chefe supremo dos Adeptos e Magos na Europa, em 1856. Líder do Grande Domo da Europa, ao qual pertenceram o dr. Paschal Beverly Randolph, Jules du Potet e o lorde Bulwer-Lytton (este último, autor de importantíssimas obras de ocultismo, como Zanoni e Vril a Raça Futura).
Foi Abade da Igreja Católica, a qual a abandonou para dedicar-se de cheio aos estudos do Ocultismo, da Magia e da Rosa-cruz. Eliphas Levi foi o autor de numerosos livros Arcanos, considerados peças mestras do Ocultismo. Entre seus livros mais conhecidos encontram-se o Dogma e Ritual de Alta Magia, uma obra-mestra clássica da Magia, da Alquimia e do Ocultismo Vitoriano Europeu.
O VM Samael Aun Weor conhecia muito profundamente as obras deste grande mestre da Magia.
Uma das experiências pessoais de Samael com esse mestre da Loja Branca está relatada logo abaixo, mostrando a todo o mundo esotérico que tanto Samael quanto Eliphas Levi são grandes mestres cabalísticos e da magia:
Tratando-se de projeções do Eidolon e viagens suprassensíveis fora do corpo físico, temos muito a dizer.
Nos instantes em que escrevo estes trechos vêm à minha memória acontecimentos extraordinários, maravilhosos.
Repassando velhas crônicas de minha longa existência, com o ânimo de clérigo e de cela, surge Eliphas Levi.
Uma noite qualquer, fora da forma densa, andei por aí invocando a Alma daquele falecido que em vida se chamara: abade Alphonse Louis Constant (Eliphas Levi).
É óbvio que o encontrei sentado ante um velho escritório, no salão augusto de um antigo palácio.
Com muita cortesia se levantou de sua cadeira para atender respeitosamente às minhas saudações.
– Venho pedir-vos um grande serviço – disse. Quero que me deis uma chave para sair instantaneamente em corpo astral cada vez que o necessitar.
– Com muito prazer – respondeu o abade –, porém, antes quero que me você me traga amanhã mesmo a seguinte lição: O que é o mais monstruoso que existe sobre a terra?
– Dai-me a chave agora mesmo, por favor…
– Não! Traga-me a lição e com muito prazer lhe darei a chave.
O problema que o abade havia delineado resultou convertido em um verdadeiro quebra-cabeças, pois são tantas as coisas monstruosas que existem no mundo, que francamente eu já não achava solução.
Andei por todas as ruas da cidade observando, tratando de descobrir o mais monstruoso e quando cria havê-lo achado, então surgia algo pior. De pronto, um raio de luz iluminou meu entendimento.
Ah, dei-me conta, já entendo. O mais monstruoso tem que ser de acordo com a Lei das Analogias dos Contrários, o antípoda do mais glorioso…
Bom, porém, o que é o mais glorioso que existe sobre a dolorosa face deste afligido?
Veio, então, a meu translúcido a montanha das caveiras, o Gólgota das amarguras e o Grande Kabir Jesus, agonizante em uma cruz por Amor a toda a humanidade doente…
Então, exclamei: “O Amor é o mais grandioso que existe sobre a terra! Eureka! Eureka! Eureka! Agora descobri o segredo: o Ódio é a antítese do mais grandioso”.
Resultava evidente a solução do complexo problema. Agora, é indubitável que eu devia me pôr novamente em contato com Eliphas Levi.
Projetar outra vez o Eidolon foi para mim questão de rotina, pois é claro que nasci com essa preciosa faculdade.
Se eu buscava uma chave especial, fazia-o não tanto por minha insignificante pessoa que nada vale, senão por muitas outras pessoas que anelam o desdobramento consciente e positivo.
Viajando com o Eidolon ou Duplo Mágico, muito longe do corpo físico, andei por diversos países europeus buscando o abade. Mas, este, por nenhuma parte aparecia.
De pronto, em forma muito inusitada, senti um chamado telepático e penetrei em uma luxuosa mansão. Ali estava o abade, mas…
Ó, surpresa! Maravilha! O que é isto? Eliphas convertido em criança e metido em seu berço? Um caso verdadeiramente insólito, não é verdade?
Com muita veneração, muito quietamente me acerquei ao bebê dizendo:
Mestre, trago a lição. O mais monstruoso que existe sobre a terra é o Ódio. Agora, quero que cumprais o que me prometestes. Dai-me a chave…
Porém, ante meu assombro, aquele menino calava enquanto eu me desesperava sem compreender que “o Silêncio é a eloqüência da Sabedoria”.
De vez em quando eu o tomava nos braços desesperado, suplicando-lhe, mas tudo em vão. Aquela criatura parecia a esfinge do silêncio.
Quanto tempo durou isto? Não o sei! Na Eternidade não existe o tempo e o passado e o futuro se irmanam dentro de um eterno agora.
Por fim, sentindo-me defraudado, deixei o pimpolho no seu berço e saí muito triste daquela casa vetusta e ensolarada.
Passaram-se os dias, os meses e os anos e eu continuava sentindo-me defraudado, sentia como se o abade não tivesse cumprido sua palavra empenhada com tanta solenidade. Mas um dia qualquer veio a mim a luz.
Recordei então aquela frase do Cabir Jesus: “Deixai que venham as crianças a mim, porque delas é o Reino dos Céus”.
Ah, já entendo, eu disse a mim mesmo. É urgente e indispensável reconquistar a infância perdida na mente e no coração. “Até que não sejais como crianças, não podereis entrar no Reino dos Céus”.
Esse retorno, esse regresso ao ponto de partida original, não é possível sem antes haver morrido em si mesmo: a Essência, a Consciência, está desafortunadamente engarrafada em todos esses agregados psíquicos que em seu conjunto tenebroso tenebroso constituem o Ego.
Só aniquilando tais agregados esquerdos e sombrios a Essência pode despertar em estado de inocência primigênia.
Quando todos os elementos subconscientes hajam sido aniquilados a poeira cósmica, a Essência é liberada. Então, reconquistamos a perdida infância.
Novalis disse: “A Consciência é a própria Essência do homem em completa transformação, o Ser Primitivo Celeste”.
Resulta palmário e manifesto que quando a Consciência desperta, o problema do desdobramento voluntário deixa de existir.
Depois de ter compreendido a fundo todos esses processos da humana psiquê, o abade nos mundos superiores me fez entrega da parte segunda da Chave Régia.
Certamente, esta foi uma série de mântricos sons com os quais se pode realizar em forma consciente e positiva a projeção do Eidolon.
Para o bem de nossos estudantes gnósticos, convém estabelecer de forma didática a sucessão inteligente destes mágicos sons:
a. Um assobio longo e delicado semelhante ao de uma ave.
b. Entonação da vogal “E” (EEEEEEEEE) alongando o som com a nota RE.
c. Cantar a “R” fazendo-a ressoar com a SI musical, imitando a voz da criança, em forma aguda, algo semelhante ao som agudo de um motorzinho demasiado fino e sutil (RRRRRRRRR).
d. Fazer ressoar a “S” em forma muito delicada como um silvo doce e aprazível (SSSSSSSSS).
ACLARAÇÃO: O ponto “a” é um assobio real e efetivo. O ponto “d” é somente semelhante a um assobio…
ASANA: Deite-se o estudante gnóstico na posição do homem morto: decúbito dorsal (boca para cima).
Abram-se as pontas dos pés na forma de leque tocando-se pelos calcanhares.
Os braços ao longo do corpo, todo o veículo físico bem relaxado.
Adormecido o devoto em profunda meditação, cantará muitas vezes os mágicos sons.
ELEMENTAIS: Esses mantras encontram-se intimamente relacionados com o Departamento Elemental das Aves e é ostensível que estas últimas assistirão ao devoto com a condição de conduta reta.
O PENTAGRAMA ESOTÉRICO DE ELIPHAS LEVI




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O PODER DA CABALÁ E ÁRVORE DA VÍDA

Conhecendo... 
Árvore da Vida (Cabala)

Kether ("Coroa", em hebraico: כתר), podendo variar como Keter, é a primeira sephira da Árvore da Vida em Cabala, parte da espiritualidade do Judaísmo Rabínico.
Kether se situa na posição central superior da árvore. É a coroa. É o potencial puro das manifestações que acontecem nas outras dimensões. Representa a própria essência, atemporal e livre. É a gênese de todas as emanações canalizadas pelas outras sephiroth. É a Luz Superior geradora de todo o movimento da criação. Pode-se considerar como o momento zero, a criação em potencial, mas não expandida. Uma interessante associação seria comparar com tempo de Plank, do Big Bang. No hinduísmo, entende-se como Brahma, o princípio vital de todas as formas de energia (e vida, consequentemente).

Chokhmah, algumas vezes transliterado chochma ou hokhmah (חכמה) é a palavra hebraíca para "sabedoria". É cognata da palavra árabe Hikmah, que também significa "sabedoria". A palavra "chokhmah" e suas derivações podem incorrer, dentre outros, nos seguintes significados:
Um "homem sábio" é um chakham (feminino: chakhama). Por exemplo, um rabbi ou outra pessoa extremamente versada na Torah e no Talmud é chamada Talmid Chacham, denotando uma pessoa muito estudiosa no Torah - literalmente, "um sábio estudante do conhecimento da Torah". O Talmud (Shabbat 31a) descreve o conhecimento da ordem talmúdica do Kodashim como um alto nível de chokhmah.
Na Cabala judaica, chokhmah é o nome de uma das Sefirot.
Na árvore da vida, Chokmah se situa no topo da coluna direita. É a sabedoria. É o salto quântico da intuição, que deriva as manifestações artísticas. Analogamente, é o lado direito do cérebro, onde flui a criatividade e o mundo das idéias. Possui energia do fogo, associada à masculinidade e também representa o passado.

Binah se situa no topo da coluna esquerda. É o entendimento. É a lógica que dá definição à inspiração e energia ao movimento. Analogamente, é o lado esquerdo do cérebro, onde funciona a razão, organizando o pensamento em algo concreto. Possui a energia da água associada à femilinidade e também representa o futuro.

Chesed
1- A palavra hebraica utilizada no Antigo Testamento é Hesed. Tem (principalmente) dois significados : um mais legalista no sentido de "cumprir aquilo que foi acordado" ou dar ao outro aquilo que lhe é devido segundo o previamente acordado; num segundo sentido, mais intuitivo, espiritual, assume o significado de acto gratuito e espontâneo de bondade e amor.
2- Quarta sephirah Chesed se situa abaixo de Chokmah. É a misericórdia. Representa o desejo de compartilhar incondicionalmente. Representa a vontade de doar tudo de si mesmo e a generosidade sem preconceitos, a extrema compaixão.

Geburah se situa abaixo de Binah. É o julgamento. Representa o desejo de contenção e de questionador de impulsos. Canaliza sua energia por meio de objetivos, com o intuito de superar obstáculos e transformar a própria natureza.

Tipareth ("Beleza", em hebraico: תפארת ti'feʔɾɛθ), podendo variar como Tifereth, Tyfereth, Tiphereth, também conhecido por Rakhamim (em hebraico: רחמים ɾaħăm'im) ou Shalom (em hebraico: שלום ʃɔ'lom) é a sexta sephira da Árvore da Vida em Cabala, parte da espiritualidade do Judaísmo Rabínico.
Tipareth é o centro da árvore e se situa abaixo e entre Chesed e Geburah. É a beleza. Junto com Chesed e Gevurah forma a tríade superior Maguen David, criando harmonia. Transforma em beleza Chokmah, Binah e Kether. A sabedoria e o entendimento, com a luz do conhecimento.

Netzach se situa abaixo de Chesed. É a vitória. Existe a vontade de reciprocidade, a busca pelo próximo e a superação dos próprios limites, propagando o pensamento eterno. Funciona como o princípio fertilizador do espermatozóide masculino.

Hod se situa abaixo de Geburah. É o esplendor. É um canal de aprimoramento interno, de identificação com próximo, sendo uma forma de aceitação do pensamento, de reconhecimento. Funciona como o princípio receptivo do óvulo feminino.

Yesod se situa abaixo e entre Netzach e Hod. É o fundamento. Funciona como um reservatório onde todas as inteligências emanam seus atributos que são misturados, equilibrados e preparados para a revelação material. É compilação das oito emanações.

Malkuth se situa na posição central inferior da árvore. É o reino. Representa o mundo físico, onde é revelado o material compilado das oito emanações. É o canal da manifestação, desejando a recepção das sephiroth. É a distância de Kether que provoca esse desejo, criando a sensação de falta.

Daath se situa acima e entre Chokmah e Binah. É o conhecimento caótico sem compreensão, pois a compreensão é atingida em Binah. Representa uma falsa sephirah porque não é uma emanação independente como as outras dez. Ela depende de Chokmah e Binah. Também é considerada como a imagem de Tipareth. É o abismo do conhecimento e entrada para as sephiroth reversas, ou seja, as qliphoth.
 
 
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Prof. Paulo Torres-Mestre Sênior da Ordem Atma Templária
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